Projeto - Black box theater

Você sabe o que é um Black box theater ou teatro “caixa preta”?

É um espaço para performance com formato quadrado ou retangular, pé direito alto, paredes e forro pretos e piso plano, onde a simplicidade permite o uso em diversas configurações de layout de palco e audiência.  É um espaço versátil e multiuso.

Pensando no uso educacional deste espaço, uma das opções é o ensino de dramatização, que busca a participação, o estímulo, o convívio social, além do crescimento cultural e da linguagem oral e corporal dos alunos. Esse tipo de atividade pode fazer parte de todas as etapas do ensino e disciplinas curriculares.

Além disso, a dramatização infantil e a prática do teatro trazem diversas vantagens: trabalhar a postura e a apresentação corporal, trazer autoconfiança para falar em público, melhorar a memória, reforçar o interesse pela literatura estimula o trabalho em grupo. Há um forte estímulo ao uso das habilidades criativas. Em vez de priorizar apenas o raciocínio lógico, as aulas de teatro ajudam as crianças a serem mais criativas, inventivas e, eventualmente, a terem um pensamento lateral mais desenvolvido.

O Black box theater também pode ser utilizado para ensino de oratória (speech), visando o compartilhamento de conhecimentos através de apresentações simples e didáticas, além de ensinar as crianças a se comportarem como plateia.

Além das vantagens pedagógicas descritas acima, olhando para o lado financeiro, o Black box é uma opção menos onerosa e mais rápida de ser construída quando comparada à um teatro tradicional.

Inserido dentro do complexo esportivo da escola, O Sum está finalizando o projeto de um Black box theater para a Escola Internacional de Curitiba.

Com um projeto de isolamento e tratamento acústico superior, novos fluxos de circulação, o Black box irá acomodar uma ampla gama de produções teatrais, performáticas além de oferecer diversos layouts para uso como sala de aula, exposições de arte, conferências e eventos, sendo construído em poucos meses e com menor aporte financeiro.

O que você precisa saber sobre mobiliário urbano

Crédito: Eduardo Macarios

As pessoas têm buscado conexões consigo mesmas, com os outros e com os lugares onde vivem, e a vida urbana precisa acompanhar esse movimento. As ruas não são mais apenas vias de transição de um ponto ao outro, se tornaram espaços de trocas e experiências. Com o ambiente ao nosso redor cada vez mais conectado e agregador, é necessário pensar em soluções convidativas, que estimulem a interação com o meio externo. 

Uma das possibilidades é através do mobiliário urbano. Instalados em espaços públicos, os equipamentos e objetos ficam disponíveis para o uso da população ou para o suporte dos serviços da cidade. De bancos a canteiros, a série de elementos é implementada para desempenhar infinitas funções. O propósito é tornar a vida dos moradores mais organizada, confortável, estimulante e agradável. 

A importância do mobiliário urbano 

Infelizmente, em muitos lugares, a infraestrutura (universo em que o mobiliário urbano está inserido) ainda é reduzida a organização do fluxo de pessoas nas ruas. Por outro lado, a cidade se vê obrigada a oferecer opções de lazer e conforto para sua população, com o propósito de resgatar conceitos como pertencimento e respeito ao espaço que é de todos. 

Por isso é necessário ir além das placas de sinalização, que são essenciais, mas não suficientes para explorar a potencialidade dos locais públicos. Cidades que se preocupam com a qualidade de vida de seus cidadãos investem em mobiliário urbano. Além do objetivo funcional, pode servir como ponte para cultura e lazer, se materializando em monumentos e pontos turísticos.

Esta também é uma forma de caracterizar a personalidade da cidade, o que contribui para tornar o turismo mais atrativo e, consequentemente, fomenta a economia local. O mobiliário urbano também pode exercer o papel social nas comunidades, com a criação de bibliotecas e parquinhos, por exemplo.

Outro ponto importante é o conforto e bem-estar das pessoas. Por isso, as propostas de mobiliário urbano, como as áreas verdes, coberturas, academia ao ar livre, bebedouros, fontes de energia, entre outras, são essenciais no planejamento urbano das cidades. Essas soluções servem como instrumento para que o Estado institua políticas públicas que garantem o acesso a direitos básicos da população.

Soluções inovadoras e sustentáveis

Para exemplificar o conceito de mobiliário urbano, separamos quatro criações que se destacam como soluções inovadoras e sustentáveis:

E-Tree - Nevers (França) 

Lançada no ano de 2018 em Paris, na Conferência do Clima, a E-Tree é um mobiliário urbano em formato de árvore. Seus painéis solares fornecem energia limpa para o carregamento de aparelhos eletrônicos, wi-fi, iluminação noturna e informações pertinentes através de uma tela integrada, tudo gratuitamente. Além de sombra e assentos, tudo combinado para gerar um espaço funcional para a população. 

Diiryah – Al Turaif (Arábia Saudita) 

Este mobiliário urbano chama atenção por ser um conjunto de 58 assentos que se interligam entre si. São impressos em 3D, com material natural misturado à areia. Eles “serpenteiam” entre as palmeiras e formam um verdadeiro oásis no distrito de Al Turaif. 

Warde – Vallero Square (Jerusalém) 

Este mobiliário urbano fica localizado em um dos lugares mais movimentados de Jerusalém. As quatro luminárias em formato de flores foram feitas para se abrirem e se fecharem, dependendo da estação e horário. Elas produzem luz durante a noite, para tornar o local mais seguro e convidativo, e sombra durante o dia, para ajudar os cidadãos e turistas com o calor local.

House – Sum Architecture 

Por fim, um mobiliário urbano que agrega vários dos conceitos que abordamos neste post em uma única peça. A House é um projeto autoral de nosso escritório e pode ser utilizada tanto em jardins privados, como em espaços públicos. Sua multifuncionalidade permite que ela seja um local de relaxamento e contemplação, de experimentação para as crianças, de trabalho para os adultos e até mesmo como uma estufa para plantas. Promove a socialização para todas as idades e a interação com a natureza, além de ser sustentável.  Com placas fotovoltaicas, é fonte de energia limpa e possibilita o carregamento de aparelhos eletrônicos. 

Crédito: Eduardo Macarios

Conheça a House! O mobiliário multifuncional assinado pelo Sum Architecture

Uma experiência sensorial ímpar de socialização e conexão com a natureza. Esta é a House. O objetivo era desenvolver uma peça autoral que fizesse um convite para que as pessoas interagissem com o mundo lá fora. Além de descontração e bem-estar, que também estimulasse conexões e aprendizados para todas as idades.

O resultado foi um mobiliário multifuncional para área externa. Nossa ideia foi trazer o conceito de gentileza urbana para o design através de um móvel que proporciona contato com a tranquilidade da natureza em meio ao agito da cidade. Vamos aos detalhes da House:

 Arte funcional ao ar livre

Foto: Eduardo Macarios

Pensada para os ambientes externos, a peça chega ao mercado no momento em que as pessoas aprenderam a valorizar ainda mais as experiências ao ar livre e a relação humana.

Como o caráter educativo da arquitetura é uma marca da assinatura do nosso escritório, aliamos arte e funcionalidade. Para tanto, aplicamos conceitos culturais e sustentáveis ao design da House.

 Útil e versátil

Foto: Eduardo Macarios

Apresentando um design clean e geométrico, a estrutura metálica com revestimento em corda náutica chama a atenção de todos. Isso porque sua versatilidade passeia entre casinha infantil, área para trabalho, área de relaxamento e até mesmo uma estufa de plantas.

São inúmeras possibilidades: sentar, deitar, ler, conversar ou simplesmente contemplar a vida. A peça se adapta aos mais diferentes usos. Pode ser fixada no quintal de casa, escolas, parquinhos (edifícios, conjuntos e hotéis), praças públicas... as possibilidades são infinitas. Sua multifuncionalidade é um convite para a descoberta e a experimentação.

 Fonte de energia limpa

Foto: Eduardo Macarios

Além disso, a House não deixa de ser sustentável e tecnológica. O mobiliário contém uma placa fotovoltaica, capaz de utilizar a radiação solar para gerar eletricidade. Uma fonte sustentável de energia renovável, que permite o carregamento de aparelhos eletrônicos e que possibilita a sua adequação como local de lazer e trabalho. Já pensou em realizar suas tarefas enquanto aproveita os benefícios que só a natureza pode lhe proporcionar?

Foto: Eduardo Macarios

Disponível para comercialização, a House também pode ser destaque no seu projeto. O bem-estar, o sensorial e sustentabilidade nunca estiveram tão conectados com a arquitetura, a arte e as necessidades humanas atuais. Entre em contato com a Sum Architecture e leve essa experiência inédita para a sua família ou o seu negócio!

Saiba o que é ESG e a importância dela na arquitetura

A sigla ESG (environmental, social and corporate governance), que se traduz nos pilares ambientais, corporativos e sociais, vem se tornando um fator determinante para o futuro de empresas de todos os ramos, e na arquitetura não é diferente.

Isso se deve a importância que investidores e clientes têm colocado em companhias que seguem estes princípios, se tornando fator determinante na hora de comprar, contratar ou investir. Por isso, vale a pena ficar atento às definições e em como esses pilares podem moldar o futuro do setor.

As definições

O ESG nada mais é do que um padrão de ações para se alcançar a sustentabilidade a longo prazo, mais eficiência nas operações e credibilidade perante um mercado que se preocupa com as boas práticas profissionais, sociais e sustentáveis.

Ambiental

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No que tange o aspecto ambiental dentro do ESG, para o setor de construção e arquitetura, algumas atitudes devem ser tomadas para alcançar o reconhecimento sustentável, como a gestão adequada de energia, cuidados com poluição e resíduos, utilização adequada de recursos naturais, evitar riscos ambientais etc.  

Social

Já no social, as empresas têm o compromisso de olhar para a comunidade em que estão inseridas, para o capital humano que possuem e para as necessidades essenciais dos indivíduos, para assim manter a integridade da sociedade. Para isso, é importante obedecer às leis trabalhistas, prezar pela diversidade, investir em projetos sociais e respeitar as relações profissionais entre colaboradores, fornecedores e clientes.

Governança

Por fim, o pilar da governança se define pelo conjunto de processos e normas capazes de realizar uma administração transparente. Medidas como estrutura de compliance, planos de contingência para crises e canais de transparência e denuncia, fazem toda a diferença na hora de definir este aspecto.

Como implementar

Para aderir ao ESG e mostrar o comprometimento da sua empresa com as pautas definidas pela sigla, não basta apenas planejar, é preciso aplicar todos os seus conceitos, e isto requer a condução da alta administração da sua empresa.

Estabelecer bases firmes através de documentos referência, com detalhamento de diretrizes e indicadores palpáveis é o melhor caminho para uma adesão consolidada.

Certificações empresariais também podem ajudar a identificar o cumprimento dos requisitos do Sistema ESG. Para empresas do setor da construção, por exemplo, existem selos ambientais muito conhecidos e respeitados, como: Leed, Aqua, Procel, Edge, Well, Fitwell, entre outros.

Para aqueles que preferem centralizar a implantação de tais práticas, existem profissionais habilitados no assunto, arquitetos qualificados em arquitetura saudável, que fazem possível, de forma segura e eficiente, a conquista de todas as vantagens que a sigla pode oferecer.  

Casas inteligentes seguem como tendência para 2022

Já fazem alguns anos que as smart homes são tendência no mercado da arquitetura. Os rápidos avanços tecnológicos fazem com que equipamentos e eletrodomésticos estejam cada vez mais integrados com a realidade e as necessidades do ser humano moderno.

Nos Estados Unidos, estudos indicam que aproximadamente 24 milhões de residências possuem algum tipo de automação. Já no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial (Aureside), o número passa de 300 mil casas e a estimativa é de que, até o final de 2022, este número chegue à dois milhões em todo o país.

O esperado aumento de casas inteligentes já está acontecendo e poderá ser contabilizado muito em breve. Muito deste crescimento pela procura das tecnologias de automação deve-se ao momento pelo qual passamos nos últimos anos, no qual muitas pessoas se viram obrigadas a ficar em casa e perceberam a importância e as vantagens de possuir um ambiente integrado, personalizado, ágil e que auxilie nas funções cotidianas.

Com uma infinidade de funções capazes de gerar segurança, conforto e economia, os gadgets têm ficado cada vez mais acessíveis, o que colabora também para o aumento do interesse dos consumidores.

Lâmpadas e tomadas inteligentes são os preferidos da população que quer entrar no mundo da automação. A possibilidade de ajustar intensidade, potência e personalizar a cor do ambiente pelo celular é apenas uma fração do que esses aparelhos realmente podem fazer.

Fechaduras inteligentes, sistemas biométricos, alarmes, câmeras, sensores de movimento e calor são os responsáveis pela segurança daqueles que, mesmo de longe, querem garantir a integridade de seu imóvel.

As casas inteligentes avançaram também no auxílio das necessidades e tarefas diárias de idosos e pessoas com deficiência (PcD). Luzes que se acendem automaticamente por sensor em uma gaveta de remédios, prateleiras que sobem e descem controladas por comandos simples, lâmpadas conectadas a campainha, que permitem com que pessoas com dificuldades auditivas percebam a presença de alguém na porta, são só alguns exemplos, das muitas possibilidades, que a tecnologia pode trazer para o cotidiano dessas pessoas.

Além disso, uma das grandes frentes dos avanços desenvolvidos para o setor das casas inteligentes é a preocupação com o consumo de energia a longo prazo. Com a possibilidade de personalizar a potência e a usabilidade de aparelhos domésticos a economia de energia faz valer o investimento dos gadgets.

Outro exemplo disso está na cozinha, na tecnologia das novas geladeiras, que com sua porta de vidro iluminada através do toque, permite a visualização de seu conteúdo interno, sem precisar abrir a porta, o que garante uma diminuição de 41% da perca de ar frio, mantendo o frescor dos alimentos e economizando energia.

 Assistentes virtuais são os responsáveis por integrar tudo isso e a tornar possível o controle através do comando de voz, além, é claro, de virarem febre pelas infinidades de interações possíveis e pelo bom humor programado de uma máquina que faz tudo ficar mais leve e natural.

Contudo, quanto mais a Internet das Coisas (IoT) avança, mais equipamentos ficam conectados simultaneamente para atender as nossas necessidades, requerendo assim redes mais robustas, estáveis e rápidas, para exercer a função primaria de conexão, integração e troca de informações entre a rede e o usuário.

Avanços recentes neste tipo de tecnologia já se faz possível a compatibilidade de toda a rede de aparelhos com as frequências 2.4 GHz e 5 GHz, o que deixa tudo mais rápido e dinâmico. Com isso, a busca por melhorias nos equipamentos de conexão, como modens, roteadores e repetidores deve crescer paralelamente ao mercado e às demandas dos consumidores, assim como o interesse por planos de internet de fibra, que oferecem ainda mais velocidade e autonomia para as casas inteligentes.

Conforme a tecnologia avança, as necessidades básicas e cotidianas do ser humano será atendida com mais facilidade e comodidade. Necessidades essas que, às vezes, nem imaginávamos que teríamos ou que fosse possível resolver através do avanço tecnológico. O futuro já chegou e, cada vez mais, estamos vivendo nele.

Os benefícios da integração entre ambientes internos e externos

Projeto assinado por Sum Architecture. Crédito: Carla Bordin

Projeto assinado por Sum Architecture. Crédito: Carla Bordin

Cômodos integrados trazem maior amplitude e praticidade para um ambiente. Mas, quando falamos de integração entre espaços internos e externos, as vantagens vão além e proporcionam mais iluminação e ventilação natural e, consequentemente, bem-estar, liberdade e aconchego.

Tudo isso graças às diversas possibilidades que um projeto com grandes vãos e aberturas pode acrescentar. Seja para entregar mais contato com a natureza, criar grandes áreas sociais ou agregar estilo e personalidade.

Bem-estar

Para muitas pessoas, passar bastante tempo em lugares fechados, seja em casa ou no trabalho, é algo comum. Por isso, os momentos em que é possível se conectar com a natureza para respirar ar puro e sentir o calor e a luz do sol são únicos - e merecem ser exaltados.

Para tornar isso possível em um espaço físico é recomendada a substituição das paredes convencionais por esquadrias, com grandes folhas de vidro ou muxarabis que servem como “divisórias” entre os ambientes. Assim, fica mais fácil aproveitar os benefícios dos locais internos nos dias frios, sem deixar de lado a liberdade da área externa, como a vista, a iluminação e a ventilação.

Áreas sociais

Os privilégios de ambientes internos e externos integrados também se aplicam para as áreas de convívio social. Para quem gosta de receber a família, os amigos ou apenas ver as crianças brincando ao ar livre, esta solução se torna fundamental.

As possibilidades são inúmeras: áreas gourmet, churrasqueiras, piscinas e jardins, criam harmonia e continuidade aos ambientes. Isso é concretizado através dos revestimentos, como piso e forro, além da concordância nas decorações, paleta de cores, materiais e elementos secundários. 

Iluminação

Tanto para o destaque do décor, quanto para a otimização da energia elétrica e demais questões de sustentabilidade, a iluminação é ponto-chave quando o assunto é interligar o espaço interno ao externo. Por isso, a harmonia de lâmpadas e luminárias deve acontecer em ambos os ambientes e, acima de tudo, é primordial usufruir ao máximo da luz natural. Sendo assim, preze sempre pela continuidade, harmonia e perceba os impactos dessas mudanças na qualidade de vida dos moradores.

O que você precisa saber sobre espaços infantis dentro de casa

Com as crianças passando cada vez mais tempo dentro de casa, o desafio de que elas não se tornem dependentes de tecnologias - como celular, computador e videogame - é ainda maior. Além deste cuidado necessário, vale lembrar que a relação dos pequenos com o espaço físico pode exercer uma influência muito positiva no processo de aprendizagem e desenvolvimento.

Ao projetar uma nova residência é imprescindível pensar em um dormitório que acompanhe o crescimento das crianças. Se possível, é interessante criar outro cômodo destinado apenas a elas, como brinquedoteca ou playground, por exemplo. Já nos casos de reforma, é possível fazer algumas mudanças que resultam em significantes impactos positivos, muitas vezes somente com troca de mobiliário.

Em ambos os casos, alguns pontos são fundamentais neste tipo de projeto: crianças precisam de espaços onde adultos brincam junto, para as brincadeiras mais direcionadas. Assim como elas precisam de espaços onde brinquem sozinhas ou com outras crianças, para que possam ter liberdade sem a intervenção constante de adultos.

O conforto e a segurança são fatores importantes, pois os pequenos se permitem a novas descobertas quando se sentem confortáveis e seguros. Outro ponto essencial são os objetos, uma vez que o tato é o primeiro sentido a ser desenvolvido pelos seres humanos - por volta da 5ª ou 6ª semana de gestação.

Quando o bebê nasce, ele apresenta aguçada curiosidade em tocar o mundo que o cerca, o que é primordial para o desenvolvimento de suas habilidades. Em tempo, o estímulo dos cinco sentidos deve ser uma prioridade na infância. As crianças precisam realizar atividades que as permitam explorar não só o tato, mas também a visão, paladar, audição e olfato. As formas e texturas, cores, gostos, sons e cheiros os ajudam a compreender como a vida acontece.

­Por tudo isso, deve-se pensar em cada detalhe ao projetar um espaço infantil. O ponto de partida é ouvir as crianças, perguntar o que elas gostam e o que desejariam ter no seu espaço. É um processo de cocriação em que os pequenos ajudam a montar um lugar em que se identifiquem. Caso não seja possível os ouvir – por ainda não terem desenvolvido a fala ou qualquer outro motivo – tente perceber quais são as suas preferências, aquilo que eles mais procuram ou se entusiasmam quando interagem.

Além de todos os pontos já mencionados, existem certas recomendações para cada fase de desenvolvimento. Exemplo: nos primeiros meses de vida os bebês podem contar com tapetes interativos, que os ajudam a firmar os primeiros movimentos. Entre o primeiro e segundo ano gostam de tudo o que envolve o contato físico, neste período, é bacana investir em móveis - principalmente prateleiras - que oportunizem o montar e desmontar de objetos.

A partir dos três até, aproximadamente, os sete anos, tendem a preferir os conjuntos de mesinhas e cadeirinhas para desenharem, lerem histórias, entre outros. Já na etapa final que marca a infância, entre os sete e doze anos, costumam querer espaços com mais personalidade para jogar, estudar ou realizar projetos escolares em grupo. Aqui, geralmente são inseridos puffs, mesinhas de centro ou escrivaninhas

É válido salientar que cada criança é única e possui suas demandas específicas. De maneira geral, os espaços infantis precisam ser lúdicos para estimular a imaginação e a criatividade dos pequenos. Para isso, devem ser coloridos e funcionais – elas gostam de praticidade e costumam fazer bastante bagunça, portanto, a funcionalidade colabora para manter o local organizado. Por último, e não menos importante, o local deve refletir a personalidade dos pequenos, que precisam se sentir acolhidos no ambiente.

Arquitetura humanitária: SUM Architecture participa de concurso internacional da Archstorming

A escola projetada pelo nosso escritório pode ser construída pela ONG Abay Ethiopia em uma aldeia rural na Etiópia

O “The Offspring School” foi pensado para abranger toda a comunidade escolar, crianças e suas famílias são bem-vindas. Crédito: Sum Architecture.

O “The Offspring School” foi pensado para abranger toda a comunidade escolar, crianças e suas famílias são bem-vindas. Crédito: Sum Architecture.

Estamos participando de um concurso internacional de arquitetura humanitária com o projeto “The Offspring School”. O “Ethiopian Satellite Preschools Competition”, promovido pela Archstorming, procura projetos para duas futuras escolas da ONG Abay Ethiopia, que serão construídas nas aldeias rurais de Dillu e Hiddi na Etiópia.

Os vencedores serão anunciados no dia 8 de junho. Desde já, celebramos o fato de sermos um dos representes brasileiros nesta iniciativa, que opera com o objetivo de promover a igualdade de oportunidades. A Archstorming promove concursos internacionais de arquitetura humanitária em busca de projetos que melhorem questões como alívio em desastres, pobreza, conflitos, doenças, etc.

Esta é uma oportunidade de mostrar ao mundo que a arquitetura pode ir além das paredes dos edifícios. Principalmente em situações de vulnerabilidade - como é o caso destas comunidades etiópicas - ajudando a garantir desde o direito à educação ao suprimento das necessidades básicas, como o acesso à água potável, por exemplo.

O projeto é mais que uma escola, o “The Offspring School” é um complexo voltado à educação, à saúde e ao apoio da comunidade. Este modelo de construção pode se tornar um mecanismo para alavancar mudanças positivas na comunidade e melhorar o bem-estar das pessoas, colaborando também para ensinar e praticar valores de pertencimento e civilidade.

O projeto

O “The Offspring School” integra conceitos arquitetônicos e pedagógicos. Foi desenvolvido para abranger toda a comunidade local: crianças e suas famílias são bem-vindas. O fluxo organizacional os convida para entrar na escola de maneira que se sintam acolhidas. O objetivo é que todos encontrem um local seguro para aprender, e também buscar ajuda quando necessário.

A flexibilidade dos espaços é uma prioridade no projeto. Crédito: Sum Architecture

A flexibilidade dos espaços é uma prioridade no projeto. Crédito: Sum Architecture

A disposição dos blocos de construção permite a ventilação cruzada dentro do edifício e, juntamente com as aberturas entre as paredes e o telhado, fornecem resfriamento natural ao prédio. Um ponto extremamente importante, dadas às características naturais da região, é que todas as áreas construídas podem ser adaptadas às necessidades e condições do solo.

Crédito: Sum Architecture

Crédito: Sum Architecture

Árvores de moringa, moringa stenopetala, circundam toda a planta do projeto. Além da maravilhosa propriedade medicinal, são excelentes para proporcionar uma área sombreada. Também servem como brincadeira de escalada para as crianças.

As árvores também são acessíveis nas áreas fora da escola, beneficiando toda a comunidade com suas folhas e frutos. Crédito: Sum Architecture.

As árvores também são acessíveis nas áreas fora da escola, beneficiando toda a comunidade com suas folhas e frutos. Crédito: Sum Architecture.

Cada bloco conta com duas salas de aula e uma área de recreação comum, onde as crianças podem usar sua imaginação e criatividade para brincar com simples meias esferas e bancos de diferentes alturas.

Esta interação pode fomentar muitas habilidades nos pequenos, como avaliação de risco e respeito à natureza. Crédito: Sum Architecture

Enquanto brincam, também desenvolvem o senso de pertencimento.

A planta baixa, simples, é adaptável a variados layouts. Crédito: Sum Architecture

O bloco que comporta as salas de aula possui forma de "L", o espaço de aprendizagem é aberto e circunda uma árvore de mangueira. Os professores têm a possibilidade de dividir os alunos em grupos de aprendizagem diferentes, conseguindo supervisionar todos eles ao mesmo tempo.

As salas de aula contam com uma área reservada para alunos especiais ou pessoas que precisam de mais apoio. Crédito: Sum Architecture

As salas de aula contam com uma área reservada para alunos especiais ou pessoas que precisam de mais apoio. Crédito: Sum Architecture

Cada sala de aula possui 58 m². As duas podem ser combinadas, de forma que a área de aprendizagem ao ar livre é compartilhada por ambas as turmas. Esse intercâmbio educacional entre diferentes idades enriquece as experiências.

Após o horário escolar, as salas de aula também podem ser utilizadas como centros de apoio socioemocional. Crédito: Sum Architecture

Após o horário escolar, as salas de aula também podem ser utilizadas como centros de apoio socioemocional. Crédito: Sum Architecture

As salas de aula e áreas comuns são planejadas para serem exploradas ​​como elementos de ensino, onde as crianças podem acompanhar e desfrutar de processos, como a coleta de água da chuva.

A interação com a natureza e a relação sustentável com o meio ambiente são prioridades no projeto. Crédito: Sum Architecture

A interação com a natureza e a relação sustentável com o meio ambiente são prioridades no projeto. Crédito: Sum Architecture

As áreas sombreadas são essenciais para momentos de descanso e recreação. Crédito: Sum Architecture.

As áreas sombreadas são essenciais para momentos de descanso e recreação. Crédito: Sum Architecture.

Arquitetura e saúde mental: impactos positivos nas empresas

Banco Bari. Crédito: Francis Larsen

Banco Bari. Crédito: Francis Larsen

A pandemia causada pelo novo coronavírus fez acender um alerta relacionado à saúde mental em todos os âmbitos, inclusive dentro das empresas. Após longos períodos de home office e restrições relacionadas ao isolamento social, muita gente desencadeou transtornos como ansiedade, depressão e bipolaridade que, entre os diversos malefícios observados, também afetam na produtividade profissional.

Neste cenário, é essencial que os ambientes corporativos estejam preparados para receber seus colaboradores, proporcionando espaços que favoreçam o bem-estar e ajudem na qualidade da saúde mental. Para isso, a arquitetura pode ser uma grande aliada na hora de criar ou renovar a estrutura de empresas e escritórios, apostando na psicologia das cores, áreas de descompressão e na implementação de áreas verdes nestes locais, por exemplo.

A arquitetura é capaz de influenciar diversos fatores, como conforto e até o humor das pessoas. Um espaço com iluminação natural, dimensionamento planejado, bem arejado e com uma decoração profissional pode resultar em pessoas mais saudáveis e mais felizes. Além disso, é importante pensar nas cores usadas nas tintas das paredes dos escritórios. A indicação é trabalhar com tons menos intensos e mais agradáveis, com toques de verde, cor que remete à prosperidade, e de azul, que traz calma e equilíbrio.

Para contribuir com a sensação de ambiente mais vivo, ventilado e iluminado, as áreas verdes  podem ser um grande triunfo. Elementos como plantas, por exemplo, ajudam a aumentar a concentração e diminuir o estresse, já que remetem à uma paisagem natural. As texturas, formatos e odores também são ricamente sensoriais e estimulam o processo de aprendizado e criatividade, fundamentais no mercado de trabalho.

Na hora de criar ou reformar, é importante pensar também nas estruturas de salas e posições de cada departamento, de forma a intensificar a interação entre as equipes e facilitar a comunicação por parte dos colaboradores. A organização neste sentido também deve ser trabalhada na decoração, com investimento em itens que sejam práticos e esteticamente confortáveis, que possam contribuir para que tudo permaneça em ordem.

Como criar o ambiente certo para seu filho aprender melhor em casa?

Ainda não é possível fazer uma previsão da forma como as crianças voltarão a frequentar a escola, ou uma data para que isso aconteça. Apesar da expectativa pelo modelo de ensino híbrido que começou a ser planejado no início deste ano letivo, com aulas presenciais e remotas, novas restrições necessárias para frear os avanços da Covid-19 em todo o Brasil, suspenderam a presença de alunos e professores nas instituições de ensino do Paraná, pelo menos por enquanto.

Assim, pais e responsáveis tiveram que se adaptar novamente para tornar o ambiente de estudo dos filhos em casa cada vez mais produtivo. Em um cenário em que as variantes do novo coronavírus se apresentam mais violentas para pessoas mais jovens, manter as crianças protegidas é essencial. Mas nós sabemos, assim como os adultos, os pequenos também estão cansados de passar tanto tempo no mesmo ambiente.

Por isso, preparamos algumas dicas para deixar o local de estudos mais propício para o aprendizado:

- Estimule a concentração:

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Criar uma rotina é elemento fundamental para que as crianças entendam que, mesmo estando em casa, aquele é o momento de aprender e acompanhar as aulas on-line. Além disso, recursos da arquitetura também podem contribuir nesse aspecto, investindo em aspectos que favoreçam o foco, como cores claras e muita luz natural.

- Dê autonomia: o método Montessori, criado pela médica Maria Montessori, é considerado um movimento educacional revolucionário e que também pode ser intensificado com o uso da arquitetura. Nesse sentido, é importante incentivar a autoeducação das crianças e proporcionar ambientes que estejam preparados para recebê-las. Por isso, na hora de criar o espaço de aprendizado, invista em móveis que possam ser usados pelas crianças sem a ajuda de um adulto, com as suas proporções e acessibilidade necessária.

- Organize: um ambiente organizado vai possibilitar que a criança também possa organizar melhor os seus pensamentos. Não deixe muitas opções de brinquedos à disposição e tenha atenção com a segurança em tomadas, fios, quinas, tapetes e ferramentas que possam oferecer riscos. 

- Espaço de atividades:

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Não abra mão de uma mesa e cadeira projetadas para a altura da criança. Será nesse local que ela fará as atividades escolares e poderá potencializar seu nível de concentração. Lembre-se de preparar móveis em que ela possa acessar sozinha, sem interferências.