Repensando nossa relação com o ambiente escolar

Várias pedagogias reconhecem o ambiente como terceiro professor. Depois de pais e professores, o espaço entra como participativo direto na educação, tanto de crianças como adultos e raramente nos damos conta disso.

Todos nós temos memórias de momentos que passamos na escola. Muitas destas lembranças aparecem inconscientemente em vários contextos ao longo de nossa vida. Todos temos memórias de algum professor, algum colega, mas normalmente as memórias mais claras são as que trazem como pano de fundo o ambiente.

 Quem não lembra do sol e sua  luz entrando pela janela da sala de aula, dos corredores, dos parquinhos, dos barulhos e até dos cheiros da escola? Escola é também espaço, espaço de relacionamento, espaço de socialização, de adição, espaço onde a criança vai treinar para ser adulto, onde vivenciará as experiencias que as prepararão para o futuro.

Toda criança procura reconhecer na escola o seu porto seguro, sua segunda casa, onde deveria encontrar a liberdade de ser criança, errar como criança e aprender como criança. Todos já procuramos na escola, ambientes em que pudéssemos sentir como nos sentimos em casa e, outras vezes, procuramos ambientes onde encontramos algo que nos faltava em casa. Escola é relação, escola é ambiente.

E estes ambientes têm poderes mágicos... o poder de incentivar diversas capacidades, de expor diferentes desafios, novas ideias.

O ambiente também tem a capacidade de estimular ou não interações sociais e emocionais, facilitando ou dificultando o aprendizado, apoiando ou não as relações importantíssimas ( as relações que são importantíssimas ou , sem o as – relações importantíssimas) na formação (física e psíquica das crianças ou na estruturação da personalidade das crianças?) das crianças.

Um parquinho (teria outro nome que não fosse no diminutivo?) bem localizado pode ser um ótimo ´tratamento´ anti-bulliyng e ao mesmo tempo, se mal localizado, pode ser o maior local de bulliyng de uma escola.

Todos trazemos essa bagagem, cheia de memorias afetivas da infância, onde o ambiente, sem nos darmos conta, está sempre presente. Que tal repensarmos a importância destes ambientes? Que tal valorizarmos mais estas relações?